Como falei de sinusite antes, agora vou falar de Renite.
Outro mal tão comum como uma gripe.
Um mal difícil de ficarmos longe, mas acontece de vez em quando, quando menos esperamos.
Outra pesquisa:
Rinite Alérgica
A rinite alérgica constitui-se numa reação alérgica da mucosa nasal a determinados antígenos, principalmente inalatórios. Freqüentemente, estas manifestações alérgicas se estendem aos seios paranasais, sendo comum a coexistência de rinite e sinusite alérgicas, em graus variados, numa mesma pessoa. Afetam indistintamente ambos os sexos, e geralmente existe história de alergia (atopia) na família.
Apesar de assemelhar-se a um estado gripal, a rinite tem mecanismos e causas diferentes. O resfriado e a gripe são causados por vírus já a rinite alérgica é uma inflamação do revestimento interno do nariz e os sintomas têm início minutos após o contato com o alérgeno (substância que provoca a alergia), na maior parte das vezes poeira doméstica e ácaros.
A poeira doméstica é uma mistura de substâncias que engloba desde descamação de pele humana e de animais, pelos, até restos de alimentos, estofamentos, fibras de tecidos, bactérias, mofos e bolores (fungos).
É uma doença muito comum em adolescentes e adultos jovens, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária.
Os fatores desencadeantes da rinite alérgica são os mesmos da asma brônquica; podem ser alimentos, animais, ácaros, poeiras, drogas ou substâncias químicas, embora os inalantes sejam os principais responsáveis pela rinite alérgica.
Deve-se tomar cuidados especiais com os seguintes fatores:
- pó encontrado na residência, especialmente em carpetes e cortinas, rico em ácaros;
- inalação de pólen presente no ar, grama ou árvores poluentes atmosféricos (principalmente o ozônio e o dióxido de enxôfre);
- infecções do trato respiratório por vírus (especialmente o adenovírus) e bactérias;
- pêlos de animais domésticos (gatos, cachorros);
- esporos de fungos presentes na terra (poeira) e em suspensão no ar atmosférico;
- inspiração de ar frio;
- estado emocional;
- fumaça do cigarro;
- inalação de sprays de cabelo e desodorantes;
- aspirina;
- exercícios físicos;
- fatores ocupacionais: farinha (para padeiros), pêlos de animais ou suas fezes (para pessoas que trabalham em zoológico, etc.), vapores, etc.
- alimentos como leite, chocolate, tomate, crustáceos, etc.
Todas estas substâncias e fatores funcionariam como precipitadores e desencadeariam um tipo de reação alérgica, conforme já citamos anteriormente.
Resumindo, muitas substâncias podem causar alergia como a poeira de casa, pólens e alguns alimentos. Aqui no Brasil, a poeira domiciliar é o fator mais importante. Ela é constituída por descamação da pele humana e de animais, restos de pelos de cães e gatos, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e organismos microscópicos que são chamados ácaros (família dos aracnídeos). O principal fator da poeira que causa alergia é o ácaro. Existem vários ácaros, e o que mais freqüentemente está relacionada à alergia é o Dermatophagoides ssp, que significa aquele que se alimenta de pele e a Blomia tropicalis.
Na rinite, assim como em todo tipo de alergia, encontra-se presente o envolvimento do fator emocional como potencializador das manifestações alérgicas. Outro importante estímulo alérgico é a inspiração de ar frio, pois, a inspiração rápida e intensa de ar frio, pode levar à paralisação momentânea dos cílios da mucosa nasal, favorecendo, assim, o aparecimento de rinites infecciosas, sinusites e infecções respiratórias.
O quadro clínico das rinites alérgicas é caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas:
- Espirros - muitas vezes, constituem-se no único sintoma da rinite. Ocorrem logo após o contato com o alérgeno e podem chegar a durar vários minutos.
- Prurido (Coceira) - os espirros geralmente são acompanhados de coceira nasal, que pode estender-se à conjuntiva ocular, ao canal auditivo externo e, até mesmo, ao lábio superior. A presença de coceira na sintomatologia nasal constitui, praticamente, o selo para um diagnóstico positivo de alergia nasal. Tanto os espirros quanto o prurido ou coceira ocorrem por irritação das terminações nervosas da mucosa local, pela presença de edema e da inflamação presente na região.
- Coriza - a coriza é a saída abundante de secreção nasal, de aspecto aquoso. Pode, até mesmo, haver gotejamento espontâneo da secreção. Ocorre devido ao aumento da secreção das glândulas da mucosa nasal. Quando a alergia se prolonga, esta secreção torna-se mais densa, apresentando-se esverdeada ou, quando ocorrerem infecções associadas, amarelada.
- Obstrução Nasal - é um sintoma também muito freqüente. Mais raramente, pode ser o único sintoma que o paciente apresenta. Pode acometer uma ou ambas as fossas nasais e é o sintoma que mais incomoda o paciente, pois o obriga à respiração bucal, além de perturbar muito o seu sono (ocorre piora da obstrução nasal quando o paciente deita a cabeça devido ao acúmulo de secreção no local).
- RINITE ALÉRGICA
- INFLAMAÇÃO DA MUCOSA NASAL
- EDEMA DA MUCOSA NASAL
- CONGESTÃO NASAL
- RINORRÉIA
- ESPIRROS
- PRURIDO
CONDUTA TERAPÊUTICA DA RINITE
A terapêutica da rinite alérgica divide-se em:
- Corticóides inalatórios ou tópicos - o uso desta classe terapêutica tem por objetivo diminuir a reação inflamatória da reação alérgica, sendo muito eficaz. Os corticóides proporcionam regressão de todos os sinais inflamatórios e alérgicos e, conseqüentemente, da sintomatologia.
- Anti-histamínicos - é o tratamento de primeira linha para o controle da rinite alérgica. Esses medicamentos bloqueiam a ligação de histamina ao receptor- H1, bloqueando, então, a maior parte dos sintomas associados a essa doença.
- Descongestionantes - são os vasoconstritores nasais disponíveis comercialmente para uso na rinite e causam contração da musculatura lisa do vaso na mucosa nasal. Estas drogas reduzem o bloqueio nasal relacionado a fatores alérgicos ou não alérgicos, mas não exercem efeito no processo inflamatório, e não promovem melhora da rinorréia, prurido nasal ou espirros.
- Anticolinérgicos - pode ser uma droga útil no tratamento de rinites alérgicas, especialmente no controle da rinorréia (presença de muco e secreções). Somente trata esse sintoma, não apresentando qualquer ação sobre os demais.
Terapêutica Profilática
- Vacinas de Hipossensibilização - podem ser aplicadas, por via subcutânea ou intradérmica, através da administração de doses gradativamente crescentes dos principais antígenos que podem estar causando a rinite em um determinado paciente, com resultados variáveis. O objetivo, neste caso, é promover a formação de anticorpos.
Medidas de Prevenção
Todas as medidas citadas para a prevenção da asma brônquica são válidas também para a rinite alérgica. Evitar pó, poeira, cheiros fortes, cobertores de lã, praticar exercícios, etc.
Outra medida preventiva útil é o uso de aparelhos especializados na esterilização do ar, principalmente para os ácaros.
Este material foi elaborado pelo Departamento Médico-Científco (DMC) da Chiesi Farmacêutica Ltda, sendo de caráter meramente informativo. Lembre-se que em qualquer situação, somente seu médico pode prescrever medicamentos e orientá-lo sobre a melhor terapêutica.
Chiesi Farmacêutica Ltda.
Até o próximo post.